Testes de água
Para manter a boa qualidade da água em unidades aquapônicas, recomenda-se realizar testes de água uma vez por semana para garantir que todos os parâmetros estejam dentro dos níveis ideais. No entanto, unidades aquapônicas maduras e experientes terão química da água consistente e não precisam ser testadas com tanta frequência. Nestes casos, o teste de água só é necessário se houver suspeita de um problema. Além disso, o monitoramento diário da saúde dos peixes e das plantas que crescem na unidade indicará se algo está errado, embora este método não substitua o teste de água.
O acesso a testes de água simples é fortemente recomendado para cada unidade aquapônica. Os kits de teste de água doce codificados por cores estão prontamente disponíveis e fáceis de usar (Figura 3.13). Esses kits incluem testes de pH, amônia, nitrito, nitrato, GH e KH. Cada teste envolve a adição de 5-10 gotas de um reagente em 5 mililitros de água aquapônica; cada teste não leva mais de cinco minutos para ser concluído. Outros métodos incluem medidores digitais de pH ou nitrato (relativamente caros e muito precisos) ou tiras de teste de água (mais baratos e moderadamente precisos, Figura 3.14).
Os testes mais importantes para realizar semanalmente são pH, nitrato, dureza do carbonato e temperatura da água, pois esses resultados indicarão se o sistema está em equilíbrio. Os resultados devem ser registados semanalmente num diário de bordo dedicado para que as tendências e mudanças possam ser monitorizadas ao longo das épocas de crescimento. Testes de amoníaco e nitrito também são extremamente úteis para diagnosticar problemas na unidade, especialmente em novas unidades ou se um aumento da mortalidade por peixes suscitar preocupações de toxicidade em um sistema em curso. Embora não sejam essenciais para o monitoramento semanal em unidades estabelecidas, elas podem fornecer indicadores muito fortes de quão bem as bactérias estão convertendo os resíduos de peixes e a saúde do biofiltro. Os testes de amônia e nitrato são a primeira ação se houver problemas com os peixes ou plantas.
*Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 2014, Christopher Somerville, Moti Cohen, Edoardo Pantanella, Austin Stankus e Alessandro Lovatelli, produção aquapônica de alimentos, http://www.fao.org/3/a-i4021e.pdf. Reproduzido com permissão. *